Pós-graduações IMED 2013

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A avaliação neuropsicológica


No contexto da neurologia, especialmente na clínica, torna-se fundamental uma avaliação adequada das funções executivas, especialmente na ocorrência de alguma patologia. A avaliação neuropsicológica propõe-se a realizar este levantamento, identificando funções preservadas e quais, em qual extensão, estão sendo prejudicadas.

A avaliação neuropsicológica consiste num processo de levantamento de informações, a partir de instrumentos e de avaliação clínica, sendo num primeiro passo para o estabelecimento de uma estratégia de tratamento. Patologia cerebrais, como acidente vascular encefálico, traumatismos, presença de tumores e patologias senis (incluindo Alzheimer) podem ser avaliadas com os instrumentos e técnicas desenvolvidas por neuropsicólogos.



As funções executivas avaliadas podem ser as mais diversas, como memória, atenção, linguagem, capacidade de raciocínio matemático e a sensopercepção. Os escores obtidos permitem traçar um perfil, apontando quais funções estão mais prejudicadas e indicando estratégias de tratamento mais precisas.

O processo de avaliação neuropsicológica consiste essencialmente dos mesmos passos do processo psicodiagnóstico: identificação das queixas e sintomas (que consiste numa avaliação prévia do caso específico que está sendo avaliado), estabelecimento do plano de trabalho (com a escolha dos instrumentos e processo de avaliação), aplicação do processo de levantamento de informações, elaboração dos dados e posterior devolução das informações.

A avaliação neuropsicológica também tem grande importância no contexto da pesquisa. Ela permite identificar aspectos do comportamento e suas relações com determinadas estruturas anatômicas. A combinação entre os dados de testagem com outras técnicas, como por exemplo de neuroimagem, traçam um panorama complexo do funcionamento do cérebro.

Sugestão de leitura: CUNHA, Jurema A. O ABC da avaliação neuropsicológica. In: ________ (Org.). Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre: Artmed, 2000. Cap. 15, p. 171-176.