O primeiro Nobel que reconheceu a contribuições de estudos sobre o sistema nervoso data de 1906, com o reconhecimento dos trabalhos do italiano Camillo Golgi e do espanhol Santiago Ramón y Cajal. As contribuições de Golgi dizem respeito à elaboração de uma técnica de coloração de neurônios, utilizada por Ramón y Cajal, além da descoberta do complexo de Golgi, responsável pela reserva e envelopamento de proteínas. Ramón y Cajal foi, por sua vez, um dos mais importantes neurocientistas da história, considerado o pai da neurociência moderna. Seus estudos permitiram um conhecimento sem precedentes da anatomia cerebral.
Camillo Golgi Santiago Ramón y Cajal
Em 1932, receberam a distinção os pesquisadores Charles Scott Sherrington e Edgar Douglas Adrian, ambos ingleses. Sherrington fez contribuições importantes sobre a anatomia do sistema nervoso, especialmente sobre a inervação muscular, e Adrian estudou a condução dos impulsos através dos feixes nervosos, além de uma descrição neurológica acurada do funcionamento dos sentidos. Além disso, Sherrington cunhou o termo "sinapse", que denomina o espaço de comunicação existente entre dois neurônios.
Charles Sherrington Edgar Adrian
Henry Dale, da Inglaterra, e Otto Loewi, da Alemanha, dividiram o prêmio de 1936 pela descoberta da transmissão química dos impulsos nervosos, abrindo caminho para a pesquisa com os neurotransmissores.
Henry Dale Otto Loewi
O prêmio de 1944 foi para Joseph Erlanger e Herbert Gasser, americanos, graças às suas pesquisas sobre as fibras nervosas, descortinando aspectos importantes sobre o potencial de ação dos nervos.
Joseph Erlanger Herbert Gasser
John Eccles, da Austrália, Alan Hodgkin e Andrew Huxley, da Inglaterra, recebem o prêmio de 1963 pelas descobertas em relação aos mecanismos iônicos relacionados com a excitação e inibição da membrana celular de nervos centrais e periféricos.
John Eccles Alan Hodgkin
Andrew Huxley
Em 1970, Bernard Katz, teuto-americano, Ulf Svante von Euler, sueco, e Julius Axelrod, americano, pesquisaram as transmissões nos terminais nervosos e os mecanismos de armazenamento, liberação e inativação de neurotransmissores. Bernard Katz Ulf von Euler
Julius Axelrod
Roger Sperry e David Hubel, americanos, e Torsten Wiesel, sueco, dividiram o Nobel de 1981. Sperry investigou o processamento da informação no sistema visual, e Hubel e Wiesel a especialização funcional dos hemisférios cerebrais.
Roger Sperry David Hubel
Torsten Wiesel
No ano 2000, Arvid Carlsson, sueco, Paul Greengard, americano e o austro-americano Eric Kandel, foram premiados por suas descobertas sobre a transdução de sinal no sistema nervoso.
Arvid Carlsson Paul Greengard
Eric Kandel
Essas pesquisas foram marcantes na história da neurologia, e indiretamente na neuropsicologia, pois auxiliaram a estabelecer a base de funcionamento do sistema nervoso. A melhor compreensão sobre o cérebro, com a elaboração de teorias ecológicas sobre seu funcionamento, nos permite conhecer, avaliar e intervir melhor sobre o comportamento.
Crédito das fotografias e informações: http://www.nobelprize.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário