Pós-graduações IMED 2013

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina e a Pesquisa sobre o Sistema Nervoso

Embora poucos psicólogos tenham sido agraciados com um prêmio Nobel, e não exista um prêmio Nobel em psicologia, há vários estudos realizados em áreas afins que possuem relação direta com a compreensão do comportamento humano. Dentre estes, podemos encontrar alguns estudos premiados que contribuíram de forma importante sobre o funcionamento do sistema nervoso e do cérebro.

O primeiro Nobel que reconheceu a contribuições de estudos sobre o sistema nervoso data de 1906, com o reconhecimento dos trabalhos do italiano Camillo Golgi e do espanhol Santiago Ramón y Cajal. As contribuições de Golgi dizem respeito à elaboração de uma técnica de coloração de neurônios, utilizada por Ramón y Cajal, além da descoberta do complexo de Golgi, responsável pela reserva e envelopamento de proteínas. Ramón y Cajal foi, por sua vez, um dos mais importantes neurocientistas da história, considerado o pai da neurociência moderna. Seus estudos permitiram um conhecimento sem precedentes da anatomia cerebral.

       Camillo Golgi                     Santiago Ramón y Cajal

Em 1932, receberam a distinção os pesquisadores Charles Scott Sherrington e Edgar Douglas Adrian, ambos ingleses. Sherrington fez contribuições importantes sobre a anatomia do sistema nervoso, especialmente sobre a inervação muscular, e Adrian estudou a condução dos impulsos através dos feixes nervosos, além de uma descrição neurológica acurada do funcionamento dos sentidos. Além disso, Sherrington cunhou o termo "sinapse", que denomina o espaço de comunicação existente entre dois neurônios.

 Charles Sherrington                     Edgar Adrian

Henry Dale, da Inglaterra, e Otto Loewi, da Alemanha, dividiram o prêmio de 1936 pela descoberta da transmissão química dos impulsos nervosos, abrindo caminho para a pesquisa com os neurotransmissores.

Henry Dale                             Otto Loewi

O prêmio de 1944 foi para Joseph Erlanger e Herbert Gasser, americanos, graças às suas pesquisas sobre as fibras nervosas, descortinando aspectos importantes sobre o potencial de ação dos nervos.

  Joseph Erlanger                        Herbert Gasser

John Eccles, da Austrália, Alan Hodgkin e Andrew Huxley, da Inglaterra, recebem o prêmio de 1963 pelas descobertas em relação aos mecanismos iônicos relacionados com a excitação e inibição da membrana celular de nervos centrais e periféricos.

   John Eccles                          Alan Hodgkin

Andrew Huxley

Em 1970, Bernard Katz, teuto-americano, Ulf Svante von Euler, sueco, e Julius Axelrod, americano, pesquisaram as transmissões nos terminais nervosos e os mecanismos de armazenamento, liberação e inativação de neurotransmissores.

   Bernard Katz                          Ulf von Euler

Julius Axelrod

Roger Sperry e David Hubel, americanos, e Torsten Wiesel, sueco, dividiram o Nobel de 1981. Sperry investigou o processamento da informação no sistema visual, e Hubel e Wiesel a especialização funcional dos hemisférios cerebrais.

   Roger Sperry                           David Hubel

Torsten Wiesel

No ano 2000, Arvid Carlsson, sueco, Paul Greengard, americano e o austro-americano Eric Kandel, foram premiados por suas descobertas sobre a transdução de sinal no sistema nervoso.

   Arvid Carlsson                           Paul Greengard

Eric Kandel

Essas pesquisas foram marcantes na história da neurologia, e indiretamente na neuropsicologia, pois auxiliaram a estabelecer a base de funcionamento do sistema nervoso. A melhor compreensão sobre o cérebro, com a elaboração de teorias ecológicas sobre seu funcionamento, nos permite conhecer, avaliar e intervir melhor sobre o comportamento.

Crédito das fotografias e informações: http://www.nobelprize.org

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